A 4 de dezembro assinala-se o Dia Nacional da Esclerose Múltipla, tendo esta data o principal objetivo de aumentar a sensibilização da população e apoiar aqueles que padecem desta doença e homenagear os que faleceram.
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Esclerose Múltipla é uma
doença neurológica crónica, de evolução progressiva e incapacitante que afeta o sistema nervoso central. Esta doença costuma manifestar-se em jovens adultos, afetando com o dobro de frequência no género feminino.

A maioria dos casos são diagnosticados entre os 20 e os 50 anos. Embora não seja fatal, é muito incapacitante, influenciando por completo a vida dos pacientes. Estima-se que em Portugal, atinja cerca de 60 pessoas em cada 100 mil portugueses e à escala mundial os dados indicam que existam mais de 2 milhões de pessoas com esclerose múltipla. Na fase inicial, o diagnóstico é muito difícil porque os sintomas são muito variáveis e tendem a desaparecer. Infelizmente não se conhece a sua causa exata, mas admite-se que podem existir fatores de natureza genética, viral, bacteriana, entre outras.

A evolução desta doença é muito variável e impossível de prever. Por regra, existem quatro tipos:
- Recidivante-remitente, em que ocorrem ataques que duram dias ou até semanas, seguidos de uma recuperação;
- Secundariamente progressiva, onde os défices se vão acumulando após cada crise;
- Primariamente progressiva, que evolui desde o seu início;
- Remitente-progressiva, onde a doença progride de modo evidente, mas pode ocorrer períodos livres de sintomas.
Os primeiros sintomas da Esclerose Múltipla são: perda de sensibilidade, visão turva, dificuldade no andar e na fala, alterações do equilíbrio, problemas de memória e de concentração, entre outros. Infelizmente, a Esclerose Múltipla não tem cura e os medicamentos disponíveis só retardam a sua evolução, diminuindo a frequência e a gravidade destas crises.